Pensa J4 Custom
Um dia, passeando em Nova Iorque, entrei na loja Rudy’s Music Stop e, na sessão de baixo, perguntei o que tinha de legal. O vendedor me perguntou “você conhece os baixos Pensa?”. Eu disse que já tinha ouvido falar, mas não lembrava.
Cara… a primeira nota que toquei foi fatal. Tudo de bom na vida de um baixista. Grave profundo e definido, médios no ponto certo, agudo claro e cristalino, tocabilidade excelente, equilíbrio, timbre jazz bass classe A,… Resultado? Não é o que eu testei na época, mas agora tenho um.
O corpo é feito de black Korina, com cavidades internas, braço em Maple e escala em Pau ferro. Os captadores são Lindy Fralin Split e o preamp é Pensa Custom.
Os controles são volume, volume, grave e agudo, com algumas peculiaridades. Primeiro, o controle de grave é apenas boost, ou seja, ele todo “cortado”, na realidade, é o flat do instrumento. Já o agudo é boost e cut, como na maioria dos controles de equalização de baixos ativos.
Os controles de volume têm a opção “pull”. O do primeiro coloca o baixo na opção passivo e o segundo altera a configuração de captadores de paralelo para seria.
Minhas impressões:
Um instrumento fantástico. Tenho um timbre de Jazz Bass extremamente equilibrado e versátil. As opções de captador da ponte e do braço são bem sensíveis e o timbre com captadores em série é matador.
O que mais me impressiona é a limpeza do som. Posso ter aquele timbre super pesado sem qualquer “bolo” de ressonância.
Em estúdio, posso dizer que não me impressionei tanto… de início. Vi que era um bom som de jazz bass, sem muita coisa… até prestar atenção direito. Nada a corrigir, grave limpo e poderoso, médio roncado,… coisas que um baixista quer para a vida.
N Zaganin Blend Fretless
Fretless é uma coisa difícil de achar. Tem que ter aquele roncado que ouço em várias gravações e que os baixos que tive não tinham. Eram bons timbres, mas diferente do que eu gostaria de ouvir. Por sorte, apareceu o N Zaganin Blend Fretless.
O corpo é em Alder, braço em Marfim e escala em Jacarandá. Possui captadores Cabrera Custom e circuito passivo. Os controles são os básicos volume, volume e tone. A ponte é Badass e instalei uma tarracha Hipshot Xtender na corda E.
Adoro a tocabilidade e o timbre roncado. Uma coisa que me impressionou bastante foram os extremos dele. Explicando…
Se eu aperto o dedo vem um timbre médio e atacado, com bastante punch. Se eu suavizo, o timbre vem doce e delicado. Isso não acontecia em outros baixos fretless que tive.
Tokay Hard Puncher Precision Bass
Durante meu mestrado nos Estados Unidos, decidi comprar um baixo precision. Dentre as variantes de timbre que esse modelo de baixo dá, eu queria aquele com “roncado matador”. De acordo com minhas pesquisas, não seria fácil encontrar. Pelo menos, não com o dinheiro que eu tinha disponível.
Até testei alguns baixos nas lojas de Louisville, mas longe de ser o timbre que eu queria.
Quando comentei que estava querendo um baixo precision para o Mike Hyman, professor de bateria da universidade, ele foi bem específico: procure um baixo Tokay feito no Japão entre 1980 e 1982 que tenha a mão igual à dos Fender. Ele falou que por esse tempo, os baixos Tokay eram fantásticos. Na realidade, segundo ele, a mesma fábrica que fazia os Tokay também fazia os Fenders, ou seja, era um Fender com outro nome, rssss.
Quando chego em casa e pesquiso no eBay, o milagre aconteceu! Encontrei um baixo Tokay lá nos Estados Unidos. Sem pestanejar, comprei o baixo e comecei a rezar.
Quando ele chegou, era exatamente o que eu estava procurando. Ele estava muito bem conservado e, de acordo com o vendedor, com todas as partes originais.
Minhas impressões:
Os baixos precision delimitaram o som de muitas gravações das décadas de 50, 60 e 70, a ponto de virar uma referência de timbre. Finalmente eu tenho desses para meu arsenal. É impressionante o quanto esse som “roncado” se encaixa perfeitamente na mix das músicas.
Amp Eden Terra Nova
O amp que estou usando ultimamente é o David Eden Terra Nova TN501. É um amp leve (2,4 Kg) com 500 W de potência. A grande decisão para comprar esse amp foi pela sessão de equalização, que tem 4 bandas. Lembro que, pesquisando, encontrei vários amps na mesma faixa de preço com 3 bandas de equalização. Como sei que, às vezes, precisamos corrigir duas coisas no timbre, preferi comprar o Terra Nova, mesmo sem testar um.
Caixas WBass
Recentemente comprei a caixa WBass 210D, de fabricação brasileira. Fiquei realmente impressionado com a qualidade do som, robustez da estrutura e praticidade de transporte. A turma da WBass está de parabéns!
A caixa possui 400 W RMS (8 Ohms) em 2 falantes de 10 polegadas de Neodymium e driver com controle de volume. Isso tudo numa caixa que pesa 16 Kg!
Minha preferência para caixas com falantes de 10″ é mais por causa da velocidade de ataque da nota e definição do timbre. Nos falantes de 15″, sinto a resposta mais lenta da nota, apesar do belo subgrave. A prefência por falantes de 10″ me dá essa perda no subgrave, porém a caixa WBass me surpreendeu com isso. O projeto deles fornece um som bem pesado, mantendo a nitidez que eu gosto.